"O problema das desigualdades sociais nunca será bem compreendido nem resolvido enquanto os humanos não admitirem que as suas condições nesta encarnação dependem da maneira como eles viveram nas suas encarnações passadas. Os operários que são explorados por patrões sem escrúpulos revoltam-se. «Porquê esta injustiça?», perguntam eles. E os patrões, que acham normal viverem no desafogo ou mesmo no luxo, fazem tudo para manter os seus privilégios. Mas, o que uns e outros não sabem é que, muitas vezes, o operário que sofre e se revolta foi outrora um patrão injusto e cruel; por isso, nesta encarnação ele está colocado em condições nas quais deve compreender o que fez sofrer aos seus antigos subordinados. Então, cada patrão, cada dirigente de empresa, deve dizer para si mesmo: «Eu tenho a sorte de ser rico e poderoso nesta vida, mas, se cometer injustiças para com os meus empregados, sofrerei as consequências disso numa próxima existência. Senhor, ajuda-me a torná-los mais felizes!» E não é proibido os empregados também orarem para que o patrão seja melhor esclarecido: talvez eles retirem daí alguns benefícios."
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