quarta-feira, 4 de junho de 2008

AINDA HÁ ESPERANÇA

Há flores que crescem no esterco. Ou entre duas telhas, com as raízes aconchegadas entre meia dúzia de grãos de terra que ovento arrastou. E talvez sejam mais verdadeiramente belas do que as outras, que alguém colocou num grande jardim e regou abundantemente durante o estio até que se cobrissem de cores e aromas.

Com os homens acontece algo de muito semelhante. Quando parecem existir todas as condições para que um homem se desenvolva harmoniosamente, cheio de virtudes e qualidades, sucede frequentemente que esse homem se torna mole e falso.


E que a sua beleza - descobrimos isso mais cedo ou mais tarde - acaba por não passar de aparência. Bela e forte é a flor que cresceu nos telhados. O ouro é provado no fogo; o valor de um homem avalia-se nas contrariedades, nos obstáculos, nas dificuldades de todo o género. Jamais se encontrará outra maneira de medir quanto vale um homem. O fraco foge daquilo que é difícil e árduo; alimenta-se daquilo que recebe dos outros; ama o que é fácil e cómodo.


O homem nobre vive do que dá; enfrenta as dificuldades; não tem receio de ir contra corrente. Durante o horroroso ataque terrorista nos Estados Unidos aconteceu que alguns homens foram contra corrente.


Os relatos dos sobreviventes referem o facto espantoso de que - enquanto a multidão descia, tão depressa quanto possível, as escadas que conduziam à salvação - os bombeiros subiam as mesmas escadas, procurando mais pessoas para salvar. (Autor: Paulo Jorge Geraldo. português e professor de Língua Portuguesa.)


"Quando dois elefantes Brigam quem sofre é a grama" - Provérbio


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