sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Além da Nutrição

"Ninguém duvida de que é necessário comer para o corpo físico
ter saúde. Mas quem procura ir mais longe para ver o que o
alimento pode trazer nos planos subtis?... Se, durante as
refeições, vós conseguísseis tornar-vos suficientemente
receptivos, ouviríeis os alimentos dizer-vos como todas as
energias que eles contêm atravessaram o Universo, que entidades
se ocuparam, dia e noite, de fazer crescer a vegetação e de
infundir nela certas propriedades para a tornar útil aos filhos
de Deus; os alimentos têm, inclusivamente, os registos que neles
deixaram os homens e mulheres que trabalharam nos campos ou por
ali passaram.
Ler livros não é a única maneira de se instruir. Também
podemos instruir-nos graças aos alimentos, e o saber que
recebemos ao comer é um saber vivo, pois impregna toda a
substância do nosso ser. Talvez não possamos depois falar
dessas revelações que os alimentos nos trarão, pois elas não
se dirigem ao intelecto, mas são sensações com as quais todo o
nosso ser e toda a nossa existência ficarão enriquecidos."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Renúncia

"Muitas pessoas rejeitam a religião e a moral porque elas pregam a renúncia, o sacrifício, e eles não têm vontade nenhuma de renunciar e de se sacrificar! Mas porquê? Porque ainda não compreenderam bem o significado disso nem os benefícios que daí podem tirar. A ren úncia não é uma privação. Renunciar é somente deslocar-se, fazer num plano superior o que até aí se fazia num plano inferior. Por exemplo: em vez de continuar a beber água dos pântanos, que está cheia de micróbios, simbolicamente falando, habituais-vos a beber água de uma fonte pura e cristalina. Não beber é a morte. Aquele que diz: «Não beberei mais!» fica seco e morre. É a água dos esgotos que ele deve renunciar a beber, a fim de beber a água celeste."

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Contato com Deus


"Muitos crentes imaginam que entram directamente em relação com o
Senhor pelo facto de irem à igreja ou recitarem orações. Como se
fosse assim tão fácil!... Para se dizer que se contacta
directamente com o Senhor é preciso, realmente, não saber quem
Ele é! Não digo que não se consiga contactar com algo d’Ele, mas
não é seguramente Ele na Sua plenitude, na Sua imensidão. Entre
nós e o Senhor há todo um caminho a percorrer, um espaço tão
vasto que é impossível de conceber; e esse espaço não está vazio,
é composto por regiões habitadas por entidades espirituais. Todas
as religiões mencionaram, de uma forma ou de outra, essas regiões
e essas entidades.
A tradição cristã, que retoma a tradição judaica, ensina a
existência de nove ordens angélicas: os Anjos, os Arcanjos, os
Principados, as Virtudes, as Potestades, as Dominações, os
Tronos, os Querubins e os Serafins. Cada uma destas ordens
angélicas é um aspecto do poder e das virtudes divinas. Para o
nosso desenvolvimento espiritual, devemos conhecer a existência
destas entidades celestes, pois elas são como faróis no caminho
que nos conduz a Deus."

sábado, 22 de outubro de 2011

O escafandrista

"O escafandrista que desce para trabalhar no mar necessita de uma certa quantidade de oxigénio para ter uma permanência prolongada debaixo de água. Para receber esse oxigénio, ele está ligado por tubos a pessoas que estão em cima com a missão de o abastecer e que, por meio de cabos, também estão prontas a retirá-lo em caso de perigo. Só nessas condições é que ele pode fazer o seu trabalho com toda a segurança.
Exactamente como os escafandristas, os humanos estão mergulhados num oceano chamado mundo. E não só a sua alma e o seu espírito têm dificuldade em respirar nesse oceano, como ele está cheio de escolhos e de monstros que ameaçam devorá-los. Por isso, eles têm necessidade de instalar tubos por onde o ar virá até eles, e também cabos para que possam puxá-los para cima se eles estiverem em perigo. Esses tubos e esses cabos são a ligação que eles podem estabelecer pelo pensamento com as entidades do mundo divino. Ao menor alerta, essas entidades são avisadas, vêm trazer-lhes ar puro e também a luz e a força graças às quais eles poderão continuar o seu caminho."

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

não confundir a terra com o Céu

"Quando Jesus foi levado diante de Pilatos para ser julgado, este
perguntou-lhe: «Tu és o rei dos Judeus?» e Jesus respondeu
simplesmente: «Tu o dizes.» Mas acrescentou: «O meu reino não é
deste mundo», pois Jesus não tinha qualquer ambição terrestre.
Para ele, a verdadeira realeza era a realeza celeste; ele não
confundia a glória humana com a glória divina e também não
confundia os bens temporais com os bens espirituais. É o que
transparece igualmente no episódio em que os fariseus o
interrogam acerca do imposto de César; ele limita-se a
responder-lhes: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus.»
Quanto a vós, se quereis tornar-vos um verdadeiro discípulo de
Jesus, procurai também não confundir a terra com o Céu. E,
sobretudo, não penseis que um comprometimento espiritual vos
trará vantagens materiais."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O fogo , a vela e o caminho espiritual

"Vós acendeis uma vela... A sua chama dar-vos-á luz enquanto for
alimentada pela cera que é consumida. Esta combustão é, de certa
forma, um sacrifício. Sem sacrifício não existe luz. O fogo
necessita de alimento e a cera da vela é precisamente esse
alimento. Vós sabeis isso. O que não sabeis é que o ser humano
pode ser comparado a uma vela, pois possui todos os materiais
necessários para alimentar a chama nele. Esses materiais são os
da sua natureza inferior: o egoísmo, a agressividade, a
sensualidade, etc. Ele deve sacrificá-los para alimentar a sua
chama.
O que impede os humanos de fazer esse sacrifício é o medo de
desaparecerem. É certo que algo em nós desaparecerá, mas esse
algo deve desaparecer para que outra coisa, mais pura, mais
luminosa, apareça. Exactamente como a matéria da vela desaparece
para que a luz continue a brilhar. Vós direis que, ao fim de um
certo tempo, nada restará da vela. Sim, mas o homem pode arder
indefinidamente. Uma vez aceso, ele já não pode apagar-se, pois a
sua matéria combustível é inesgotável."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Procurar a Deus

"Não se deve amar e procurar Deus por si, mas por Ele, como um
filho ou uma filha cuja maior alegria é associar-se às
actividades do seu pai e da sua mãe.
Quando Jesus nos ensinou a orar: «Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita
a tua vontade na terra como no Céu», ele indicou-nos precisamente
o programa a realizar. Nós é que devemos santificar o nome de
Deus em nós mesmos, nós é que devemos fazer descer o seu reino em
nós, nós é que devemos cumprir a sua vontade, tal como os anjos a
cumprem no Céu. Aquilo que fazemos para Deus é também para nós
que o fazemos, pois nós estamos n’Ele e Ele está em nós."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A lição

"Um Mestre foi um dia visitado por um homem jovem que queria
tornar-se seu discípulo. Então, o ensinamento começou e, na
primeira lição, o Mestre disse ao discípulo: «Vai a um cemitério
e insulta os mortos; escuta bem o que eles responderem e depois
vem relatar-me o que foi.» O homem, obediente, foi até ao
cemitério e começou a caminhar entre os túmulos, proferindo
horrores. Nunca os mortos de um cemitério tinham escutado algo
semelhante! Pouco depois, quando lhe faltou a inspiração, ele
parou e ficou à espera da resposta: nada. Quando voltou para
junto do Mestre, teve de admitir que as suas injúrias não
sortiram qualquer efeito, os mortos não tinham reagido. Disse o
Mestre : «Ah, talvez eles tenham pensado que as tuas injúrias não
mereciam resposta. Volta ao cemitério, mas, desta vez, vais
elogiá-los. Desse modo, eles responder-te-ão, com certeza.» O
homem voltou ao cemitério, mudou de tom e fez aos mortos os
discursos mais elogiosos. Mas, mais uma vez, nada, silêncio...
Verdadeiramente desiludido, e sentindo-se culpado por não
conseguir ser suficientemente eloquente, o homem foi de novo ter
com o Mestre. «Voltaram a não reagir», disse ele. O Mestre
olhou-o, sorrindo, e respondeu: «Pois bem, aprende que tu deves
ser como eles. Quer te critiquem, quer te elogiem, isso não deve
afectar-te. Não respondas.»"

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