"O que é que a figura do círculo pode ensinar-nos acerca da nossa
vida interior? Que os dois termos “centro” e “periferia” não
designam unicamente lugares geométricos. Centro e periferia
representam também núcleos de forças que agem sobre nós: as
forças do centro, do espírito, regeneram-nos, ao passo que as da
periferia, da matéria, trituram-nos.
Evidentemente, o ser humano é feito de tal forma, e as suas
condições de vida são tais, que ele não pode manter
continuamente a sua atenção no centro e descurar a periferia. É
obrigado a ir à periferia, isto é, a estudar a matéria e a
trabalhar com ela. Mas há o perigo de ele romper a ligação
espiritual com o centro e se dispersar, por isso nunca deve
perder de vista o centro divino nele mesmo, esse centro que une
tudo, que reúne tudo, que explica tudo.
E a partir desse centro
ele pode estender uma infinidade de fios para a periferia. À
medida que se liga interiormente ao centro, ele forma em si
próprio um ponto de ligação sólido: quando estiver solidamente
ligado, ele poderá aventurar-se sem perigo na periferia."
terça-feira, 14 de abril de 2009
O Círculo
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