terça-feira, 29 de abril de 2008

O amor em dois lados...


"De um modo diferente da árvore, cuja atividade é periódica, a água de um rio corre incessantemente, embora não seja sempre a mesma água. Existem excepções, árvores que nunca perdem as suas folhas ou rios que secam ou transbordam e mudam de leito, mas isso é outra questão; eu tomo a árvore e o rio, em sentido geral, como símbolos dos nossos estados interiores. Simbolicamente, a árvore representa certos processos e o rio representa outros. Consideremos o exemplo do amor.


Num dado momento da sua existência, todos os seres humanos se aproximam de outros seres humanos; diz-se que eles se amam, e graças a esse amor eles produzem flores e frutos. E depois, o que acontece? Na maior parte das situações, eles acabam por afastar-se, rejeitar-se, e tornam-se como árvores desnudas e estéreis que têm de esperar uma outra primavera – um outro amor – para reverdecer, florir e frutificar. Mas esse amor é o dos seres vulgares. Os seres evoluídos, os Iniciados, neles, o amor manifesta-se como um rio inesgotável e todas as criaturas que vivem nas margens se dessedentam neles. "

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