"Numa bela tarde de Verão,
Nastradine Hodja,
montado no seu burro,
voltava da cidade onde tinha
ido comprar
uns sacos de trigo.
Estava calor e ele achou que
uma pequena
sesta seria muito
agradável. A ideia de se
estender num bom
tapete de erva
agradava-lhe tanto que ele
esqueceu certos
rumores que
circulavam a propósito de ladrões que
andavam pela região. Atou
o burro a uma árvore para ele
não fugir e adormeceu.
Quando despertou, o burro tinha desaparecido,
só restava a corda atada
ao tronco da árvore; então, ele disse para consigo:
«Se eu não
sou Nastradine Hoja, arranjei uma corda.
Mas se eu sou realmente
Nastradine Hoja, perdi o meu burro.»
Então, se houver ladrões a
virem apossar-se daquilo que vos
pertence enquanto a vossa
consciência está adormecida, também
não vos resta outra coisa a
não ser filosofar como Nastradine Hoja.
Aquilo que adormece a vigilância é a atracção,
o gosto, pelos
prazeres. Na verdade, como se pode estar
vigilante quando só se
tem vontade de ir atrás daquilo que é agradável?"
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
A Vigilância
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